Carcinoma, Daniela Camacho + dibujos de Christian Becerra. 2014, Artes de México
O perigo vívese por dentro.
Mais se abro a boca:
a) nunca verás o monstro a bala invisíbel da
que xa morrín antes
b) verás unha dor
c) a parte animal da dor
d) ouveará para que comprendas a linguaxe do
medo
e) veralo multiplicarse
f) pórme os ollos en branco
g) levarme lonxe
h) ao final repetirás o seu nome:
i) c a r c i n o m a
j) coma quen cava unha foxa profunda na terra
k) e deixa caer nela algo moi vivo
O perigo vive-se por dentro.
Mas se abro a boca:
a) nunca verás o monstro a bala invisível da
que já morreu antes
b) verás uma dor
c) a parte animal da dor
d) uivará para que compreendas a linguagem do
medo
e) vê-lo-ás multiplicar-se
f) pôr-me os olhos em branco
g) levar-me longe
h) no fim repetirás o seu nome:
i) c a r c i n o m a
j) como quem cava uma buraco profundo na terra
k) e deixa cair nele algo muito vivo
El peligro se vive por dentro.
Pero si abro la boca:
a) nunca verás el monstruo la bala invisible de la
que ya he muerto antes
b) verás un dolor
c) la parte animal del dolor
d) aullará para que comprendas el lenguaje del
miedo
e) lo verás multiplicarse
f) ponerme los ojos en blanco
g) llevarme lejos
h) al final repetirás su nombre:
i) c a r c i n o m a
j) como quien cava un hoyo profundo en la tierra
k) y deja caer en él algo muy vivo
Revisora da tradução para o Português: Sara I. Veiga