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Foto: Claude Cahun

 

Sergio Espinosa. Hacia la mudez. Kriller71, 2017.


*Nota dos tradutores. Os dois poemas em castelhano estão escritos com as mesmas palavras em diferente ordem. Havendo, tanto em galego como em português, tantas contrações de artigos e preposições, não foi possível repetir a correspondência exata (além doutros problemas no galego com os pronomes che/te.)

no estar sano no te hace un monstruo

ignorar el daño te hace un monstruo no

construir el cuerpo entre pruebas y perder

el equilibrio enorme bestia no cuentes los días

quién te enseñó a dormir pregunto sabes dormir

este ensayo interminable no es el salto presupuesto

a tu hambre a lo priápico de tu sangrienta máscara

.

el presupuesto daño te enseñó a ignorar el equilibrio

a dormir entre tu máscara interminable

y este monstruo priápico quién te hace bestia

lo pregunto pruebas a perder los días

no sabes de tu hambre sangrienta

un monstruo te hace no dormir no cuentes el cuerpo no

el salto no

estar sano es construir un ensayo enorme


não estar sano não faz de ti um monstro

ignorar o dano faz de ti um monstro não

construir o corpo entre provas e perder

o equilíbrio enorme besta não contes os dias

quem te ensinou a dormir pergunto sabes dormir

este ensaio interminável não é o salto pressuposto

à tua fome ao priápico da tua sangrenta máscara

.

o pressuposto dano ensinou-te a ignorar o equilíbrio

a dormir entre a tua máscara interminável

e este monstro priápico quem faz de ti besta

pergunto provas a perder os dias

não sabes da tua fome sangrenta

um monstro faz-te não dormir não contes o corpo não

o salto não

estar sano é construir um ensaio enorme


non estar san non che fai un monstro

ignorar o dano faiche un monstro non

construír o corpo entre probas e perder

o equilibrio enorme besta non contes os días

quen che ensinou a durmir pregunto sabes durmir

este ensaio interminábel non é o salto presuposto

a túa fame ao priápico da túa sanguenta máscara

.

o presuposto dano ensinouche a ignorar o equilibrio

a durmir entre a túa máscara interminábel

e este monstro priápico quen che fai besta

pregúntoo probas a perder os días

non sabes da túa fame sanguenta

un monstro faiche non durmir non contes o corpo non

o salto non

estar san é construír un ensaio enorme